Eu brinquei até os 14 anos e hoje aos 28 anos, estudo e trabalho com desenho. Devo ser um exemplo perfeito do tal “adulto infantilizado”.
Mas, ganho meu dinheiro, cuido da minha vida, limpo a minha casa, faço tudo que um adulto faz, sem deixar de me divertir também. Então quem se importa com o que se consome? O importante é ser um adulto funcional.
Que análise maravilhosa, Guilherme. Assim, admito que vim mais para saber qual foi a última presepada do sempre intragável João Vicente - confesso, apesar de não ter orgulho disso -, mas que essa análise me prendeu do começo ao fim. É muito curioso ver como a repressão termina assumindo tantas máscaras diferentes, e sendo assumida até mesmo por pessoas que cuja vida foram tão marcadas pela cultura e pelo próprio combate à repressão. Triste, de certa forma, mas acho que talvez esteja aí o grande ponto cego do privilégio.
Precisar não precisa, mas se podemos citar e ampliar a discussão e ainda relativizar preconceitos por que não? Só o Porta dos Fundos pode capitalizar nos preconceitos alheios?
Acho que o comentário dele foi exagerado, ainda mais por tudo que o cercou e o cerca, e também ele coloca no mesmo "Balaio" quem gosta de gibis.
Mas eu tenho uma opinião parecida em relação a adultos infantilizados demais: aqueles que têm em suas falas e sua empolgação desmedida num ciclo vicioso de se manter assim... que vê num evento como ComicCon ou Anime Friends algo muito esperado durante seu ano, que só tem camisetas de desenhos, animes ou tokusatsus, que não tem perspectivas ou ambição de "vida adulta", que andam de cuecas velhas mas não abrem mão de comprar uma action figure no valor de 1 salário mínimo ou de um carrinho que ficará pra sempre na caixa, que ignora seus pais envelhecendo enquanto entulha a casa de plástico... Eu realmente acho isso algo ruim.
Como adultos, precisamos assumir decisões e responsabilidades sobre nossa vida, buscar profundidade nessas decisões, inclusive porquê elas afetam as pessoas ao nosso redor: seja nas escolhas políticas, seja na escolha da falta de ambição; ambições adultas não "matam", mas custam tempo, disciplina, enfim... fazer o que não se quer fazer. Desde lavar um banheiro a buscar um emprego melhor.
Porém, é óbvio que gostar - amar! - seja por nostalgia, seja comprando gibis até hoje, não faz de nós adultos "infantilizados". O quê me refiro nos comentários acima relacionam-se mais a um conjunto de comportamentos individuais que têm totalmente a ver com escolhas de indivíduos, e nada relacionado ao quê propriamente nos é oferecido. Até porquê gibis, tirinhas, quadrinhos, filmes e desenhos nos ajudam a entender o mundo, muito mais que a revista ou jornal parcial da esquina.
Ah! Estou cá pensando se agradeço o João Vicente rsrsrs porque assim surgiu seu texto. Trouxe muito do que eu não conhecia sobre o assunto, e isto é uma delícia nessa rede… e ainda cita Foucault e Agambem.
E viva o esquisito, o estranho, ou seja, que é tão caro a psicanálise.
Confesso que continuo gostando do João Vicente e de gibis, do mundo nerd e agora de você rsrsrs um tanto estranho, como sou!!
Obrigado, Fernanda! Eu também tenho que agradecer ao JV, afinal esse post acabou tomando proporções que eu não esperava. Em breve voltamos à programação “normal” aqui. =P
Que análise ótima. Acho que o João Vicente só é meio burro mesmo. O que me impressionou mais foi o Gregório rindo junto e fazendo coro, esse sim um cara notoriamente inteligente, quem já assistiu a alguns episódios do Calma Urgente sabe disso. Enfim, vai entender. Pessoas são complexas.
Amei. Sou uma adulta infantilizada, segundo João Vicente. Graças a Deus. Aliás, não só ele, mas o senhor Duvivier e até Fábio Porchat têm a mania de rotular pessoas, de cultura nerd a politica. Gosta de gibi? Infantilizado. Não gosta do Lula? Extrema direita. E por aí vai. E seus lugares de fala são tão arrogantes, como se estivessem acima da sociedade. Pseudo filósofos modernos. Affffff… que preguiça. Lembro que vi essa cena do bate-papo em que ele zomba de quem gosta das “nipo-coisas” e senti um imenso mal estar. Agora, sabendo de onde ele vem, quem é sua família, só consigo pensar o quanto ele foi imbecil com sua própria história. Daqui a pouco vem retratação on-line e vitimismo.
Eu brinquei até os 14 anos e hoje aos 28 anos, estudo e trabalho com desenho. Devo ser um exemplo perfeito do tal “adulto infantilizado”.
Mas, ganho meu dinheiro, cuido da minha vida, limpo a minha casa, faço tudo que um adulto faz, sem deixar de me divertir também. Então quem se importa com o que se consome? O importante é ser um adulto funcional.
Que análise maravilhosa, Guilherme. Assim, admito que vim mais para saber qual foi a última presepada do sempre intragável João Vicente - confesso, apesar de não ter orgulho disso -, mas que essa análise me prendeu do começo ao fim. É muito curioso ver como a repressão termina assumindo tantas máscaras diferentes, e sendo assumida até mesmo por pessoas que cuja vida foram tão marcadas pela cultura e pelo próprio combate à repressão. Triste, de certa forma, mas acho que talvez esteja aí o grande ponto cego do privilégio.
Tem um mea culpa aí também, verdade.
Calma, pode curtir seus bonecos em paz, não precisa citar Foucault pra isso.
Precisar não precisa, mas se podemos citar e ampliar a discussão e ainda relativizar preconceitos por que não? Só o Porta dos Fundos pode capitalizar nos preconceitos alheios?
Ou seja, você é tão elitista culturalmente que não tolera que Foucault e cultura nerd sejam relacionados?
Acho que o comentário dele foi exagerado, ainda mais por tudo que o cercou e o cerca, e também ele coloca no mesmo "Balaio" quem gosta de gibis.
Mas eu tenho uma opinião parecida em relação a adultos infantilizados demais: aqueles que têm em suas falas e sua empolgação desmedida num ciclo vicioso de se manter assim... que vê num evento como ComicCon ou Anime Friends algo muito esperado durante seu ano, que só tem camisetas de desenhos, animes ou tokusatsus, que não tem perspectivas ou ambição de "vida adulta", que andam de cuecas velhas mas não abrem mão de comprar uma action figure no valor de 1 salário mínimo ou de um carrinho que ficará pra sempre na caixa, que ignora seus pais envelhecendo enquanto entulha a casa de plástico... Eu realmente acho isso algo ruim.
Como adultos, precisamos assumir decisões e responsabilidades sobre nossa vida, buscar profundidade nessas decisões, inclusive porquê elas afetam as pessoas ao nosso redor: seja nas escolhas políticas, seja na escolha da falta de ambição; ambições adultas não "matam", mas custam tempo, disciplina, enfim... fazer o que não se quer fazer. Desde lavar um banheiro a buscar um emprego melhor.
Porém, é óbvio que gostar - amar! - seja por nostalgia, seja comprando gibis até hoje, não faz de nós adultos "infantilizados". O quê me refiro nos comentários acima relacionam-se mais a um conjunto de comportamentos individuais que têm totalmente a ver com escolhas de indivíduos, e nada relacionado ao quê propriamente nos é oferecido. Até porquê gibis, tirinhas, quadrinhos, filmes e desenhos nos ajudam a entender o mundo, muito mais que a revista ou jornal parcial da esquina.
É por aí! =)
Ah! Estou cá pensando se agradeço o João Vicente rsrsrs porque assim surgiu seu texto. Trouxe muito do que eu não conhecia sobre o assunto, e isto é uma delícia nessa rede… e ainda cita Foucault e Agambem.
E viva o esquisito, o estranho, ou seja, que é tão caro a psicanálise.
Confesso que continuo gostando do João Vicente e de gibis, do mundo nerd e agora de você rsrsrs um tanto estranho, como sou!!
Obrigado, Fernanda! Eu também tenho que agradecer ao JV, afinal esse post acabou tomando proporções que eu não esperava. Em breve voltamos à programação “normal” aqui. =P
Fantástico! Não conhecia a biografia dele - ela tá gritando na "crítica".
Incrivel análise
Que análise ótima. Acho que o João Vicente só é meio burro mesmo. O que me impressionou mais foi o Gregório rindo junto e fazendo coro, esse sim um cara notoriamente inteligente, quem já assistiu a alguns episódios do Calma Urgente sabe disso. Enfim, vai entender. Pessoas são complexas.
Também me surpreendeu o Gregório dar corda, o que significa que eles estavam no mode Tudo Pela Audiência mesmo...
Amei. Sou uma adulta infantilizada, segundo João Vicente. Graças a Deus. Aliás, não só ele, mas o senhor Duvivier e até Fábio Porchat têm a mania de rotular pessoas, de cultura nerd a politica. Gosta de gibi? Infantilizado. Não gosta do Lula? Extrema direita. E por aí vai. E seus lugares de fala são tão arrogantes, como se estivessem acima da sociedade. Pseudo filósofos modernos. Affffff… que preguiça. Lembro que vi essa cena do bate-papo em que ele zomba de quem gosta das “nipo-coisas” e senti um imenso mal estar. Agora, sabendo de onde ele vem, quem é sua família, só consigo pensar o quanto ele foi imbecil com sua própria história. Daqui a pouco vem retratação on-line e vitimismo.
Gostei da análise!
Galvão